Hoje acordei como se toda a minha alma tivesse sido apagada, cada lembrança dolorosa, cada choro de tristeza, cada sensação de perda, cada momento de desilusão, mas não passou um minuto em que tudo isso não fosse de novo processado e eu tivesse vontade de me esconder de baixo dos cobertores e não sair da cama!

Lá fora conseguia ver o Sol que tentava aquecer estes dias tão frios, consegui por fim ganhar coragem e sair da cama, dirigi-me à janela e abri os estores, assim que o Sol me bateu nos olhos percebi que era o último dia que eu ia passar nesta casa, pelo menos até ao próximo ano!

Não tinha vontade de fazer nada, e isso foi tudo o que fiz, nada.

Sentada em frente à janela decidi ficar a sentir o Sol, na tentativa que este me aquecesse tanto o corpo, como o espírito e a alma, uma tentativa em vão, pois a minha alma continuou exactamente da mesma forma, triste, e fria!

É como me sinto nesta altura, desiludida por não encontrar uma razão para o meu continuar a bater...

O desespero que impera no meu coração, tento gritar, mas só o silêncio rasga a minha garganta!

Tudo o que preciso é de ti, que sabes sempre quando me deves agarrar, mas também quando me deves largar...

Preciso da tua mão neste momento!

Acompanhas-me? *.*